Nos últimos dias, o nome de Laysa Peixoto, uma jovem de Contagem (MG), ganhou grande repercussão nas redes sociais e na mídia. Ela foi apresentada em vídeos e matérias como a “primeira astronauta brasileira”, supostamente selecionada para uma missão espacial prevista para 2029. Mas após investigações, vieram os desmentidos.
O que Laysa dizia
Segundo declarações e perfis em redes sociais, Laysa seria:
- Estudante de física da UFMG;
- Doutoranda em astrofísica na Columbia University (EUA);
- Selecionada para uma missão tripulada pela empresa Titans Space;
- Em treinamento para ser astronauta.
As informações encantaram e inspiraram muitos, mas também geraram dúvidas.
O que é verdade?
Apurações jornalísticas e checagens de fatos revelaram:
- A UFMG confirmou que Laysa foi desligada da instituição em 2023.
- A Columbia University afirmou que não há registro de Laysa em seus programas de pós-graduação.
- A NASA esclareceu que Laysa não faz parte de nenhum programa de treinamento ou seleção.
- A Titans Space, empresa citada por ela, não possui missões registradas junto às agências reguladoras dos EUA nem relação oficial com a NASA.
E o “treinamento”?
Laysa chegou a compartilhar fotos com trajes espaciais e em ambientes de simulação. Contudo, o “treinamento de astronauta” citado por ela trata-se de um curso educacional popular no U.S. Space & Rocket Center, voltado para público jovem e sem qualquer vinculação com o corpo oficial da NASA.
O impacto do caso
O caso gerou forte repercussão. Diversas páginas de notícias divulgaram a história como inspiradora antes das checagens. Depois, redes sociais foram tomadas por críticas, piadas e reflexões sobre a responsabilidade na divulgação de informações.
Especialistas alertam para o perigo de fake news motivacionais, que usam discursos de superação sem respaldo institucional, confundindo o público.
Conclusão
Até o momento, não há qualquer indício oficial de que Laysa Peixoto seja astronauta, estudante de pós-graduação no exterior ou integrante de uma missão espacial. O caso se encaixa em um fenômeno de autoengrandecimento digital, comum em tempos de redes sociais.
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