
Uma verdadeira reviravolta está acontecendo nos bastidores da TV Globo. Amauri Soares, diretor-geral da emissora, está prestes a deixar o cargo mais alto da casa. Apesar da ausência de um comunicado oficial, diversas fontes internas confirmam que a transição está em curso e pode representar uma virada no comando e no tom editorial da Globo.
De jornalista a chefão: o império de Amauri Soares
Com mais de 35 anos dedicados à emissora, Amauri construiu uma carreira sólida, passando por cargos no jornalismo até assumir, em 2020, a direção-geral da TV Globo. Sob sua liderança, ele teve influência direta sobre a programação, os telejornais, as novelas e o perfil estratégico do canal.
Críticas internas e o peso do conservadorismo
Nos últimos meses, surgiram críticas internas ao perfil considerado conservador de Soares, especialmente no conteúdo das novelas e nas decisões editoriais dos noticiários. Parte da equipe acredita que sua condução mais tradicional tenha limitado a renovação da grade e a linguagem mais moderna esperada por novos públicos.
Além disso, insiders apontam que algumas apostas editoriais mais seguras ou antiquadas podem ter contribuído para a queda de audiência em produções como “Mania de Você” e o remake de “Vale Tudo”, que não conquistaram o engajamento esperado.
Audiência em queda e desgaste nos bastidores
Além do desgaste criativo, a emissora perdeu terreno em eventos esportivos, sendo superada em momentos-chave por concorrentes como Record e SBT. A sucessão de derrotas em audiência teria afetado diretamente o prestígio de Soares entre os executivos do Grupo Globo.
Leonora Bardini: a sucessora cotada
Com a saída de Amauri já sendo tratada como certa nos bastidores, a executiva Leonora Bardini surge como nome mais forte para assumir o posto. Conhecida por um estilo de liderança mais dinâmico, ela foi nomeada diretora da TV Globo em março de 2025, num movimento interpretado como início da transição.
O fator Schroder
A volta de Carlos Henrique Schroder, ex-diretor da Globo, ao Conselho de Administração da empresa, também influenciou o cenário. A presença de Schroder reacendeu debates sobre modernização, diversidade de vozes e atualização das estratégias editoriais temas que muitos consideram desalinhados à gestão atual.
Saída silenciosa, impacto profundo
A Globo conduz a transição com discrição, mas o impacto já é sentido nos corredores da emissora. As mudanças visam alinhar a empresa aos novos tempos, onde diversidade, inovação e ousadia voltaram a ser prioridade.
O fim de um ciclo
Amauri Soares deixa um legado de décadas, mas sua saída marca uma tentativa da Globo de oxigenar suas lideranças e se reconectar com o público. A emissora, que enfrenta desafios de audiência e engajamento, parece pronta para inaugurar uma nova era.