Um boneco de expressão travessa, orelhas pontudas e corpo peludo se tornou o novo objeto de desejo de colecionadores e influenciadores ao redor do mundo. Seu nome é Labubu, e sua popularidade é um reflexo direto da cultura pop contemporânea, movida por redes sociais, exclusividade e o inesperado.

Da arte ao mercado
Labubu foi criado em 2015 pelo artista de Hong Kong Kasing Lung, inicialmente como personagem de livros infantis. Em 2019, ele ganhou forma física com a parceria entre o autor e a marca chinesa Pop Mart, especializada em brinquedos colecionáveis. Desde então, tornou-se símbolo de uma nova geração de bonecos que misturam arte, design e marketing.
O segredo está no mistério
As figuras são vendidas em caixas “surpresa”, um modelo conhecido como blind box. O consumidor não sabe qual modelo está comprando, o que estimula a busca por edições raras e cria um mercado paralelo aquecido. É justamente esse fator de imprevisibilidade que transforma o ato de colecionar em uma experiência viciante.
Celebridades e cultura digital
A febre explodiu nas redes sociais em 2023, quando influenciadores passaram a exibir suas coleções. O boom se intensificou com celebridades como Lisa (Blackpink), Rihanna e David Beckham aparecendo com um Labubu. As colaborações com artistas como Pharrell Williams e o grupo Seventeen elevaram ainda mais o status da marca.
O Brasil também foi conquistado
Nos últimos meses, o Brasil passou a fazer parte desse fenômeno global. Influenciadores brasileiros começaram a divulgar suas coleções nas redes sociais, e perfis dedicados exclusivamente ao universo Labubu se multiplicaram. A demanda cresceu rapidamente, com unidades sendo importadas por colecionadores e lojas especializadas. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, já existem filas para edições limitadas, e marketplaces locais mostram um aumento expressivo nos preços de revenda.
Mercado milionário
O preço médio de um Labubu varia entre 21 e 40 dólares nas lojas oficiais. No mercado secundário, versões raras podem ultrapassar 450 dólares. Em 2024, um modelo em tamanho real foi leiloado por mais de 130 mil euros em Pequim, marcando um recorde para a marca.
Críticas e controvérsias
Com o sucesso vieram também as críticas. Fila de espera, revenda inflacionada, falsificações e preocupações com o visual “assustador” de alguns modelos geraram debates. Em alguns países, a distribuição foi limitada por questões de segurança e regulamentação infantil.
Conclusão
Labubu não é apenas um brinquedo. É um reflexo da era digital, onde o design, a exclusividade e o valor simbólico andam lado a lado. Um produto que se transformou em arte colecionável, objeto de desejo e fenômeno cultural.
Acompanhe o Pop Radar para mais novidades sobre o universo dos colecionáveis e os movimentos que estão moldando a cultura pop global.
